O Brasil é um dos epicentros da crise da vida no planeta. Não apenas porque o destino da Amazônia está em jogo, mas também por ser um país tropical que enfrentará, de forma desproporcional, os impactos da crise climática caso nada seja feito. E esses impactos recairão com ainda mais força sobre as desigualdades já existentes e sobre a vida do povo trabalhador.
A emergência climática, por meio do capitalismo, nos colocou diante da fronteira final de nossa sobrevivência, além disso, o contexto de guerra e aumento da agressividade dos países do norte, como os Estados Unidos, só dificulta saídas cooperativas no atual momento. Precisamos criar uma alternativa de sobrevivência.
O extrativismo — que transforma bens comuns naturais, como o petróleo e o solo, em mercadorias — agora aproxima-se do limiar da morte coletiva. O PL da devastação e a abertura de novas frentes de exploração de petróleo na foz do Amazonas, somados à privatização dos rios Tapajós, Madeira e Tocantins para o escoamento do agronegócio, configuram novas fronteiras letais transgredidas. São iniciativas que ameaçam a floresta, violentam os povos indígenas e colocam em risco não apenas o futuro da Amazônia, mas a própria sobrevivência da sociedade brasileira — e, por extensão, da comunidade global.
Forças capitalistas como o agronegócio, megamineradoras, transnacionais, data centers e tantas outras, ampliam e retroalimentam os múltiplos colapsos que já atravessamos: o colapso hídrico, o colapso alimentar, o colapso do trabalho, do cuidado e muitos mais [ver mais sobre os Colapsos na versão completa].
À medida que a destruição capitalista se intensifica, também crescem as resistências. Este manifesto é, por isso, um grito pela vida — uma reivindicação por justiça em constante reconstrução e experimentação.
Para enfrentar os colapsos reivindicamos um programa pela sobrevivência de ao menos 11 pontos: exigimos a redução das desigualdades e redistribuição radical, a redução geral do consumo de matéria e energia com atendimento básico das necessidades humanas, desglobalização do sistema alimentar e reforma agrária, dentre outras propostas [ver 11 pontos por uma política de sobrevivência].
Para enfrentar os colapsos em curso, cada região do país e do planeta precisa formular seu próprio programa de sobrevivência — e cada programa deve se articular a uma saída coletiva para que a vida possa voltar a florescer.
Junte-se a nós na construção de um Manifesto de Manifestos pela sobrevivência da vida no planeta!
Deputado Federal PSOL/RJ
Vereadora do PSOL em Santos/SP
Militante do PSOL e Advogada Popular
Deputada Estadual PSOL/SP
Ativista Indígena
Escritor de “Ecocídio” e Capitalismo e Colapso Ambiental
Coordenador Livres Coop
Ação Clima Popular
UFPR e PROCAM-USP
Direção Nacional PSOL
Economista PSOL